Fundação Florestal anuncia que não há impedimento para voo livre na Pedra Grande
Uma reunião entre representantes do Clube Atibaiense de Voo Livre (CAVL) e a diretoria da Fundação Florestal, ocorrida esta semana em São Paulo, marcou um novo momento para o esporte na cidade e o início de uma fase de diálogo positivo entre as duas entidades.
Durante o encontro, foram esclarecidas dúvidas que ao longo dos últimos anos acabaram se transformando em polêmica. Afinal, o voo livre é ou não autorizado na Pedra Grande? A resposta é sim.
Pela primeira vez foi possível travar um diálogo propositivo e amigável com a entidade e, com isso, deixar para trás desavenças que ocorreram entre antigos representantes da FF em Atibaia e praticantes de voo livre, ostensivamente perseguidos e muitas vezes impedidos de praticar o esporte que é um dos símbolos da cidade.
A reunião trouxe para mesma mesa, pelo lado da Fundação Florestal a diretora metropolitana interior, Anita Correia Martins, o gerente de Interior Pedro de Sá Petit Lobão e Carlos Alberto Moreira, assessor da diretoria executiva da FF, órgão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado.
Pelo CAVL estavam o presidente Wilson Simonato e membros da diretoria do clube, Edson Macedo, Italo Memolo e Dário Régoli.
O objetivo inicial da reunião era saber da FF o que o Clube precisa efetivamente fazer para adequar sua prática na Pedra Grande, hoje uma Unidade de Conservação sob gestão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado.
A informação foi de que hoje não existe qualquer impedimento contra a prática de voo livre no chamado Monumento Natural da Pedra Grande.
A diretora da Fundação Florestal deixou claro que gostaria de saber mais sobre o esporte e firmar um pacto de cooperação com o Clube para que a entidade esportiva possa via a auxiliar o Estado nas ações de preservação do parque natural.
“Hoje não há impedimentos para a prática esportiva na Pedra Grande e qualquer informação contrária a essa não representa a posição institucional da Fundação Florestal”, afirmou a diretora Anita Martins.
Representantes do CAVL se comprometeram a remeter documentos detalhados sobre a regulamentação da pratica de voo livre e propostas de uso da rampa, como por exemplo normas de respeito aos recursos naturais do local. Vale lembrar que todo esse dossiê já havia sido enviado ao gestor da Fundação Florestal em Atibaia, mas descobriu-se agora que os papéis nunca chegaram à sede do órgão, em São Paulo.
A diretora da Fundação disse que virá a Atibaia no próximo dia 28 de maio para conhecer o clube de voo livre e organizar uma agenda com pilotos de asa delta e parapente para vistoriar toda a área utilizada na prática do voo livre.
O presidente do Clube Atibaiense de Voo Livre, Wilson Simonato, fez uma avaliação positiva do encontro. Segundo ele, essa agenda abriu novos horizontes não apenas para o voo livre, marca registrada da cidade, mas também representou um passo importante nas ações de preservação da serra. “Nós pilotos convivemos muito de perto com a natureza, é ela quem nos concede o prazer do voo e a beleza natural de todo esse cenário, por isso podemos ser os maiores parceiros nessa jornada pela preservação da Pedra Grande”, disse Simonato.